Uso de tratamento hidrotérmico e pirólise catalítica para aproveitamento de poda urbana
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.087209Palavras-chave:
bio-óleo, GC-MS, fenolResumo
A gestão inadequada de resíduos orgânicos é um desafio no Brasil, onde apenas 2% são compostados, sendo a maior parte descartada em aterros. Esses podem ser convertidas em produtos úteis por processos termoquímicos. O uso de catalisadores nesses processos pode otimizar a produção de compostos de valor agregado, como os fenólicos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um processo sequencial envolvendo pré-tratamento hidrotérmico da biomassa associado a pirolise catalítica para a produção de bio-óleo rico em fenóis a partir da poda urbana de Myrtus communis, comumente chamada de murta. O tratamento hidrotérmico (TH) utilizou água ou mistura água/etanol 50:50, em temperaturas 150, 200 e 250 °C, com duração de 60 min. Foram testados catalisadores de potássio e estanho durante a pirólise. O TH demonstrou eficácia na remoção parcial da hemicelulose, especialmente a 200°C, o que facilitou a formação de compostos fenólicos. Após o tratamento, foi realizada a micropirólise (600 ºC e 1 min) das amostras. A análise por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS) dos bio-óleos provenientes do tratamento hidrotérmico apenas com água apresentou um aumento expressivo de grupos funcionais, especialmente fenóis, devido à remoção seletiva da hemicelulose. O catalisador de estanho favoreceu a formação de furanos, enquanto o catalisador de potássio foi mais eficaz na formação de alquilfenóis, o que demonstrou que o processo de TH foi o mais eficaz para a produção de um bio-óleo rico em compostos de interesse.
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