Ocorrência e persistência de genes de resistência a antibióticos em estações de tratamento de esgoto em Aracaju/SE/Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2024.106201Palavras-chave:
propagação da resistência, esgoto, vigilânciaResumo
A resistência a antibióticos é uma das maiores ameaças à saúde pública no século 21 e a presença de determinantes de resistência a antibióticos em águas residuais pode refletir a atual situação de resistência clínica local. Os objetivos deste estudo foram detectar a presença de genes de resistência a antibióticos (GRAs) em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) localizadas em Aracaju/SE/Brasil e verificar o papel das ETEs em limitar a disseminação desses contaminantes no meio ambiente. Amostras de esgoto bruto e tratado foram coletadas de quatro ETEs e submetidas à extração de DNA, amplificação por PCR e sequenciamento de GRAs para os antibióticos mais consumidos pela população local. Os GRAs blaTEM, gyrA, sul1, aacC2, qnrS, ermB e tetM foram detectados em 100% das amostras de esgoto bruto, enquanto nas amostras tratadas sua prevalência foi de 100% para blaTEM, gyrA e sul1, 75% para aacC2 e 50 % para qnrS, ermB e tetM. Este estudo concluiu que o consumo de antibióticos é intrínseco à prevalência de GRAs em ETEs. Considerando que o efluente tratado é liberado na natureza e que as ETEs não foram projetadas para remover esses contaminantes emergentes, justifica-se a necessidade de monitoramento permanente e investimentos em tecnologias eficientes de remoção. A análise de efluentes constitui ferramenta importante de vigilância para determinação de estratégias de contenção da disseminação ambiental da resistência a antibióticos.
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