Pré-tratamento hidrotérmico de resíduos do milho visando à produção de etanol de segunda geração
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2017.034202Palavras-chave:
biomassa lignocelulósica, pré-tratamento hidrotérmico, bioetanol.Resumo
Esse trabalho avaliou o potencial de produção de etanol de segunda geração (E2G) a partir da palha e do sabugo de milho. Os resíduos do milho foram submetidos ao pré-tratamento hidrotérmico (PTH), hidrólise enzimática e fermentação. O PTH foi realizado em reator de aço inoxidável em duas condições: 170°C/15 min e 195°C/10 min, em agitação de 200 rpm. As frações quantificadas foram: celulose, hemicelulose, lignina, cinzas, proteína e extrativos. Após pré-tratamento hidrotérmico, a amostra de palha apresentou 70,7% de remoção de hemicelulose a 170°C/15 min e 89,7% a 195°C/10 min. A menor perda de celulose ocorreu na condição mais branda de temperatura (170°C). Em relação ao sabugo, a remoção de hemicelulose foi de 58,7% a 170°C/15 min e 67,8% a 195°C/10 min. A menor perda de celulose foi obtida na maior temperatura (195°C). As amostras pré-tratadas foram submetidas a experimentos de hidrólise enzimática e fermentação. Obteve-se 87,5% de eficiência na fermentação para a palha pré-tratada a 170°C e 15 min e 86,9% para o sabugo pré-tratado a 195°C e 10 min. Os resultados indicam que os resíduos do milho são promissores para a obtenção de etanol de segunda geração visto que cerca de 2.500,000 mil litros de etanol podem ser obtidos a partir do processamento da palha e do sabugo de milho nas regiões centro-oeste, sul e sudeste do Brasil, sem aumentar as áreas de cultivo.
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