Caminhando com as Almas: a encomendação das almas no agreste sergipano
Resumo
Neste artigo temos o propósito de compreender o universo simbólico inerente às práticas penitenciais no município de Macambira, Sergipe. Liderados por Miguel e gildo, os grupos vagueiam pelas estradas nas madrugadas da quaresma. Tais grupos podem ser vistos como sinais de uma tradição que permanece viva na memória social da população macambirense. Neste ensejo, pode-se dizer que os penitentes representam um ele entre presente e passado. A pesquisa foi desenvolvida a partir do levantamento de fontes atinentes à temática, como fotografias, objetos de culto, indumentária e depoimentos orais. Por ser um movimento pertencente ao universo da religiosidade popular, a oralidade torna-se um instrumento indispensável na compreensão dos seus sujeitos, na interlocução de uma realidade permeada por misticismo, códigos de uma simbologia complexa e ainda pouco discutida. Trata-se, portanto, de uma realidade múltipla, intercalada de sujeitos e clamores, nos quais os personagens sofridos do cotidiano sertanejo reivindicam ao sagrado que sane as carências deixadas pelo poder público. Mais uma vez o divino é invocado para resolver as falhas humanas.
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