Vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos: análise das notificações do Estado da Paraíba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2024.067501Palavras-chave:
intoxicação, agrotóxicos, saúde públicaResumo
Agrotóxicos são produtos químicos usados sob a justificativa de controlar pragas e doenças, tanto no ambiente rural quanto no urbano. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar os dados das notificações do Painel da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos - VSPEA, do Ministério da Saúde para o Estado da Paraíba, na série histórica de 2007 a 2022. Foram analisados o coeficiente de incidência; municípios prioritários para implantação dos programas de vigilância; distribuição de notificações por gênero, faixa etária, local de exposição, circunstância e tipo de agente. A Paraíba acumula 2.793 notificações de intoxicação exógena por agrotóxicos. Em relação ao gênero e a faixa etária, verifica-se uma leve superioridade nas notificações em mulheres (50,18%) e são superiores para os homens com 40 anos ou mais e, para as mulheres na faixa de 10 a 29 anos. A grande maioria das intoxicações ocorrem nas próprias residências (74,83%), por tentativa de suicídio (57,50%), tendo os raticidas como agente (50,30%). Atualmente existem 1.316 agrotóxicos aptos para comercialização e uso no Estado, onde a grande maioria são classificados como produtos altamente tóxicos. Conclui-se que, o expressivo número de notificações evidencia que as unidades de saúde estão efetivamente alimentando os sistemas e, ou os casos de intoxicação vêm aumentando indiscriminadamente, principalmente devido a fácil aquisição de raticidas. É importante destacar que a VSPEA é uma ferramenta imprescindível para a elaboração e promoção de políticas públicas contra a intoxicação por agrotóxicos.
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