Palatabilidade de predadores em duas espécies neotropicais de Sepsidae (Diptera, Sciomyzoidea)
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2024.068001Palavras-chave:
defesa, mosca, predaçãoResumo
A defesa química consiste na utilização de substâncias que causam algum tipo de dano ao predador ou repelem seu ataque. Poucas espécies de moscas utilizam defesas químicas e, nos espécimes adultos, este mecanismo já foi formalmente registrado somente em espécimes da família Sepsidae. Algumas espécies dessa família possuem uma glândula no abdômen (glândula de Dufour) que produz uma substância com odor característico e intenso. Esse odor supostamente torna os sepsídeos impalatáveis para os predadores. Apesar disso, ainda não há nenhum estudo testando esta hipótese com a maioria das espécies. Desta forma, o objetivo do presente estudo é verificar se duas espécies neotropicais de Sepsidae (Archisepsis armata e Microsepsis armillata) são impalatáveis para predadores invertebrados (aranha-saltadora, aranha-caranguejo e louva-a-deus). O experimento consistiu em oferecer espécimes de sepsídeos (grupo tratamento) e de drosofilídeos (grupo controle) aos predadores. Além disso, foi realizado um estudo da morfologia interna das duas espécies de sepsídeos para verificar a presença da glândula de Dufour. Não houve diferença significativa de predação entre os sepsídeos e o grupo controle e não foi encontrada a glândula de Dufour nas duas espécies. Estes dados sugerem que as duas espécies neotropicais de sepsídeos não são impalatáveis.
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Copyright (c) 2024 Amanda de Azevedo Silva, Caroline Costa De-Souza, Lucas dos Anjos Rodrigues, Fernando da Silva Carvalho-Filho
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