Efeito plastificante do óleo babaçu (Attalea speciosa) em filme biodegradável à base de amido
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2023.121502Palavras-chave:
filme polimérico, difratometria de Raios X, análise térmicaResumo
Embalagens e/ou revestimentos comestíveis feitos a partir de fontes renováveis são uma alternativa para aumentar a vida de prateleira de alimentos. O amido é uma substância que pode ser plastificada através da combinação com diferentes compostos orgânicos de baixa massa molecular, utilizado para revestir alimentos. Esses compostos, conhecidos como plastificantes, atuam na ruptura das ligações de hidrogênio, aumentando o volume do material. Isso resulta em uma maior mobilidade das cadeias de amido e na modificação da temperatura de transição vítrea (Tg). Elaboraram-se quatro formulações distintas de um filme polimérico a partir de uma solução aquosa composta por 5% de amido de babaçu, óleo de babaçu e sorbitol. Esses materiais foram caracterizados por difratometria de Raios X (DRX), termogravimetria e análise térmica diferencial simultâneas (TG-DTA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). Os difratogramas das formulações do filme apresentaram deslocamentos e arredondamentos dos picos e uma diminuição da cristalinidade de acordo com aumento da concentração do óleo no meio. Verificou-se uma boa estabilidade térmica das formulações estudadas desse filme. O incremento da Tg indicou aumento da estabilidade do estado amorfo das amostras, verificando-se o efeito plastificante do óleo de babaçu. Dessa forma, este aumento está relacionado com uma maior faixa de temperatura de estabilidade em estado vítreo. Assim, devido as características visuais e térmicas, as formulações FT1 e FT2 são mais indicadas para aplicação em superfícies de alimentos como frutas in natura, com objetivo de manter as propriedades organolépticas e aumentar a vida de prateleira de alimentos.
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