Pré-tratamento termo-ácido e hidrólise enzimática de uma mistura de casca de cacau e bagaço de malte
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2023.066201Palavras-chave:
bioetanol, planejamento experimental, Valorização de resíduos lignocelulósicosResumo
O uso dos resíduos agroindustriais (RAI) tem se destacado por sua constituição (celulose, hemicelulose, amido etc.) – que ao ser hidrolisada, libera açúcares fermentescíveis – e, devido ao fato de o Brasil possuir um forte setor agroindustrial, o país apresenta uma grande disponibilidade e variedade de RAI. Assim, tendo em vista propor a utilização de RAIs disponíveis no Sul da Bahia para obtenção de bioetanol, investigou-se uma mistura equivalente (p/p) de casca de cacau (CC) e bagaço de malte (BM). As melhores condições de processo, que resultaram em 224,37 µmol/g de açúcares redutores (glicose) por peso de resíduos, foram definidas com o auxílio da ferramenta estatística de Planejamento Experimental para o pré-tratamento [razão de sólidos totais de 5,3% (p/v), 0,5% (v/v) de HCl, 15 min de autoclavagem] e para a hidrólise [pH = 4,0, carga enzimática total de amilases comerciais por peso de sólidos totais de 40 U/g, 70 °C e 30 min]. O meio hidrolisado obtido foi então fermentado por 18 h, resultando em 4,06% (v/v) de etanol, e os resultados obtidos até o momento indicam que a mistura de CC e BM, ao invés do uso individual destes resíduos, pode ser destinada a diferentes bioprocessos. Observou-se também que o aumento da proporção de CC na mistura diminui a massa hidrolisada, devido à sua diferente composição química, o que comprova a necessidade de avaliar diferentes técnicas de pré-tratamento para diferentes proporções de RAI e assim otimizar a obtenção de açúcares fermentescíveis.
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Copyright (c) 2023 Gabriel Albuquerque Garcia, Frederico Pereira Lôbo, Kátia dos Santos Morais, Márcio Barbalho Dantas Bezerra, Elizama Aguiar de Oliveira
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