Avaliação da qualidade de produtos magistrais e fitoterápicos à base de Ginkgo biloba, Passiflora incarnata e Matricaria recutita comercializados no mercado brasileiro e argentino
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2022.094501Palavras-chave:
Controle de Qualidade, medicamentos fitoterápicos, plantas medicinaisResumo
Os produtos naturais, além de refletir nossa cultura e tradição, representam uma grande participação no mercado de medicamentos. Dentre as plantas mais usadas, estão Ginkgo biloba, Matricaria recutita e Passiflora incarnata. O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade das cápsulas e comprimidos contendo estas plantas, produzidas por farmácias magistrais ou por empresas de fitoterápicos do Brasil e da Argentina, avaliando conforme os parâmetros farmacopeicos e/ou normas vigentes brasileiras. As informações descritas nas embalagens, o peso médio e desvio padrão relativo das cápsulas e comprimidos, análises microscópicas e macroscópicas do seu conteúdo, bem como o perfil fitoquímico por Cromatografia em Camada Delgada e os teores de compostos fenólicos e de flavonoides totais foram avaliados. Nesse estudo foram analisados seis produtos fitoterápicos contendo G. biloba (5 brasileiros e 1 argentino), três à base de M. recutita (todos brasileiros) e cinco contendo P. incarnata (4 brasileiros e 1 argentino). Observou-se que 100% dos produtos não continham o nome do prescritor, em 21,42% faltavam a posologia e 21,46% estavam fora do limite de variação aceitável de peso médio e desvio padrão relativo. Quanto à qualidade, 28,57% deles podem ter sido fraudados por sofisticação e 7,14% das amostras não foram detectados os compostos bioativos. Os resultados mostraram uma negligência ainda existente em relação aos produtos fitoterápicos. Esse estudo mostra uma falha na garantia da qualidade nas matérias-primas e no desenvolvimento do produto fitoterápico. Essa deficiência pode aumentar a taxa de adulteração nesses produtos, comprometendo a eficácia e segurança dos produtos naturais.
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