Estágios em farmácia comunitária nos cursos de graduação em Farmácia no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2021.054501Palavras-chave:
educação em farmácia, estágio, serviços comunitários de farmáciaResumo
Os cursos de Farmácia no Brasil estão em um processo de mudança curricular. A aprendizagem experiencial tem um papel essencial na construção do conhecimento, entretanto há uma escassez de estudos sobre o tema. Este estudo descreve os aspectos organizacionais e pedagógicos dos estágios em farmácia comunitária dos cursos de Farmácia do Brasil. Trata-se de um estudo observacional descritivo transversal sobre os estágios em farmácia comunitária, ofertados por cursos presenciais, com início anterior a 2015 (n=288). Os dados foram coletados de documentos e questionários autoaplicáveis enviados para coordenadores e/ou docentes responsáveis pelos estágios em farmácia comunitária. Os cursos de graduação em Farmácia que responderam (n=98) possuíam uma mediana de 2 [1;3] estágios em farmácia comunitária, com carga horária total de 263,5 [146,5; 405] horas, realizados em maior proporção em farmácias comunitárias privadas (76,5%; n=75), seguido pelas farmácias comunitárias vinculadas ao Sistema Único de Saúde (53,1%; n=52) e farmácias universitárias (46,9%; n=45). Quanto aos aspectos pedagógicos, os docentes visitaram os locais de estágio com mediana de 5 [2;18,5] vezes/semestre e apenas 39% (n=25) dos cursos possuíam tanto disciplinas das “ciências sociais / comportamentais / administrativas de farmácia”, quanto das “ciências clínicas” como pré-requisito para o estágio em farmácia comunitária. O processo de ensino-aprendizagem mais utilizado foi “estudante observa o supervisor e depois executa com 100% de supervisão” e a ferramenta de avaliação mais empregada foram os relatórios orais/escritos (80,6%;n=79). O estudo revela importantes lacunas na organização dos estágios em farmácia comunitária, o que pode comprometer a formação para atuar nessa área profissional.
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