Adsorventes obtidos de resíduos de licor negro: síntese, caracterização e avaliação na remoção de corantes têxteis

Mayara Oliveira; Vinícius Gonçalves Santos; Luciene Santos Carvalho; Doris Ruiz; Igor Antunes Silva Barbosa; Cesário Francisco das Virgens; André Rosa Martins

doi:10.14808/sci.plena.2020.124201

Autores

Mayara Oliveira Instituto Federal da Bahia
Vinícius Gonçalves Santos Instituto Federal da Bahia
Luciene Santos Carvalho Instituto Federal da Bahia
Doris Ruiz Universidad de Concepcion - Chile
Igor Antunes Silva Barbosa Universidade do Estado da Bahia
Cesário Francisco das Virgens Universidade do Estado da Bahia
André Rosa Martins Instituto Federal da Bahia - Campus Porto Seguro, Porto Seguro, Bahia. http://orcid.org/0000-0001-8933-8080

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2020.124201

Palavras-chave:

resíduos industriais, adsorventes, licor preto

Resumo

Neste trabalho, adsorventes do tipo carvão foram preparados a partir do licor negro, resíduo da indústria de celulose e papel rico em lignina e contendo sais inorgânicos. Durante a preparação dos materiais adsorventes, o licor negro foi seco a 120 °C e depois pirolisado a diferentes temperaturas (600 °C, 700 °C e 800 °C) sob uma atmosfera de nitrogênio. As amostras foram caracterizadas por difração de raios X (DRX), análise termogravimétrica (TG), microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de energia dispersiva de raios X (EDX), medição de área superficial específica (BET), determinação do ponto de carga zero (PZC), e avaliação da capacidade de remoção do corante azul de metileno. Os resultados de DRX indicaram a presença de fases cristalinas de diferentes sais, principalmente carbonato de sódio, na superfície dos materiais carbonosos produzidos a partir de resíduos de licor negro. Além disso, foi observado um efeito significativo da temperatura de pirólise na cristalinidade do carvão. Os materiais apresentaram baixos valores de porosidade e área superficial específica, e morfologias semelhantes. O caráter superficial dos sólidos foi predominantemente alcalino, de acordo com as curvas PZC. Todos os sólidos foram eficientes na remoção de 70 a 85% da cor do azul de metileno.

Biografia do Autor

Mayara Oliveira, Instituto Federal da Bahia

Estudante de Licenciatura em Química, no Instituto Federal da Bahia.

Vinícius Gonçalves Santos, Instituto Federal da Bahia

Estudante de Licenciatura em Química, no Instituto Federal da Bahia.

Luciene Santos Carvalho, Instituto Federal da Bahia

É graduada em Licenciatura em Química Aplicada pela Universidade do Estado da Bahia (1995), mestre em Química pela Universidade Federal da Bahia (1999) e doutora em Química pela Universidade Federal da Bahia (2003), com pós-doutorado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2017). Atualmente é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Campus Camaçari. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Cinética Química e Catálise, atuando principalmente em reforma catalítica e química ambiental.

Doris Ruiz, Universidad de Concepcion - Chile

Doctor en Ciencias mención Química. – Universidade de Concecpcion – Chile

Postdoctorado en Åbo Akademi University, Finlandia.

Professora de Físico-Química e Catálises - Universidade de Concecpcion – Chile

Igor Antunes Silva Barbosa, Universidade do Estado da Bahia

Estudante de Licenciatura em Química na Universidade do Estado da Bahia.

Cesário Francisco das Virgens, Universidade do Estado da Bahia

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade do Estado da Bahia (1994), mestrado em Química pela Universidade Federal da Bahia (1998) , doutorado em Química pela Universidade Federal da Bahia (2004) e Pós-Doutorado pela Universidad Nacional del Litoral, UNL, Argentina(2005). Atualmente é professor Pleno com Dedicação Exclusiva da Universidade do Estado da Bahia no Departamento de Ciências Exatas e da Terra - Campus I onde exerceu por tres gestões a função de Coordenador de Colegiado do Curso de Licenciatura em Química. Atua a três anos como Especialista de química no projeto Universidade para todos UPT. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Cinética Química e Catálise, atuando principalmente nos seguintes temas: óxido de zircônio, biomassa, bioadsorventes, suporte catalítico e catalisadores.Desde a implantação do programa de pós-graduação em química aplicada tem atuado como professor permanente ministrando componentes e na orientação de discentes.Nos últimos anos vem contribuindo enquanto revisor de artigos científicos para as revistas : Bioresource Technology, Materials Chemistry and Physics, Environmental Monitoring and Assessment, Química Nova, Korean Journal of Chemical , Microchemical Journal Engineering e Journal of Taibah University for Science. E como avaliador de trabalhos nos Congressos da SBPC , ABQ e ABRATEC.

André Rosa Martins, Instituto Federal da Bahia - Campus Porto Seguro, Porto Seguro, Bahia.

Possui licenciatura (2007), bacharelado (2009), mestrado (2010) e doutorado (2014) em Química, pela Universidade Federal da Bahia. Desde 2012, é professor de Química Geral e Físico-Química no Instituto Federal da Bahia. Membros do Grupo de Pesquisa em Materiais e Catálise e Grupo de Estudo em Formação de Professores. Além disso, compõe o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação e Interculturalidade e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Tem experiência na área de catálise e materiais, com ênfase no desenvolvimento de catalisadores para a produção de hidrogênio/gás de síntese e proteção ambiental. Além disso, vem desenvolvendo atividades na área de ensino de ciências e interculturalidade.