Estrutura populacional de Paralonchurus brasiliensis (Steindachner, 1875) (Perciformes: Sciaenidae) na costa de Sergipe, nordeste do Brasil

Autores

  • Kátia de Meirelles Felizola Freire Universidade Federal de Sergipe Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura Laboratório de Ecologia Pesqueira https://orcid.org/0000-0002-6190-3532
  • Jéssica Veras Diniz Laboratório de Ecologia Pesqueira, Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura, Universidade Federal de Sergipe, 49100-000, São Cristóvão-Sergipe
  • Thaiza Maria Rezende da Rocha Barreto Laboratório de Ciências da Pesca, Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, 11015-020, Santos-São Paulo
  • Marcelo Fulgêncio Guedes Brito Laboratório de Ictiologia, Departamento de Biologia, Universidade Federal de Sergipe, 49100-000, São Cristóvão-Sergipe
  • Izabela Fátima Lessa Canuto Laboratório de Ecologia Pesqueira, Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura, Universidade Federal de Sergipe, 49100-000, São Cristóvão-Sergipe
  • Tatiana Menezes Silva Laboratório de Ecologia Pesqueira, Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura, Universidade Federal de Sergipe, 49100-000, São Cristóvão-Sergipe https://orcid.org/0000-0002-8210-6161

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2020.117401

Palavras-chave:

Maria-Luíza, cienídeos, fauna acompanhante

Resumo

Paralonchurus brasiliensis é uma das espécies de peixes mais comuns na fauna acompanhante do arrasto de camarão em Sergipe. Nós analisamos sua estrutura populacional através de quatro programas amostrais, dois usando arrasteiros de camarão contratados (2013-2014 e 2017-2018) e dois da frota camaroneira comercial (2015-2016 e 2018-2019). O tamanho da malha no saco da rede variou entre os programas (18, 20 e 21 mm). Todos os espécimes de P. brasiliensis presentes nas amostras foram identificados e tiveram seus comprimentos padrão e total (CP e CT; cm) e seu peso total (PT; g) medidos. Um total de 1509 espécimes foi coletado medindo 4.7-22.9 cm CT e 0.4-114.8 g. Cerca de 67% dos espécimes estavam abaixo do tamanho de primeira maturação (14.7 cm). As relações comprimento-comprimento e peso-comprimento estimadas foram CT=1.141+1.176´CP e PT=0.00270´CT3.391, respectivamente. O recrutamento provavelmente ocorre em setembro-outubro e maio. Esta espécie pareceu ser mais abundante em 15 m e os maiores indivíduos foram encontrados em 5 m. Embora P. brasiliensis seja frequentemente capturada na pesca do camarão, não é registrada na estatística de captura. Nós documentamos aqui, pela primeira vez, sua presença no mercado de Aracaju nas categorias ‘miunça’ e ‘pescadinha’ (97% adultos), com os maiores espécimes desembarcados e comercializados como ‘pescadinha’ junto com outras espécies. Indivíduos menores são provavelmente descartados pelos pescadores comerciais. A reduzida seletividade da arte de pesca utilizada leva à captura de muitos juvenis, o que pode impactar a dinâmica populacional dessa espécie, assim como de outras espécies encontradas na mesma área de pesca.

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Publicado

2020-12-18

Como Citar

Freire, K. de M. F., Diniz, J. V., Barreto, T. M. R. da R., Brito, M. F. G., Canuto, I. F. L., & Silva, T. M. (2020). Estrutura populacional de Paralonchurus brasiliensis (Steindachner, 1875) (Perciformes: Sciaenidae) na costa de Sergipe, nordeste do Brasil. Scientia Plena, 16(11). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2020.117401

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