Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no estado de Minas Gerais no período de 2007 a 2017
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2020.037501Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Saúde Pública, Cuidado Pré-natal.Resumo
O objetivo é analisar os casos de sífilis congênita confirmados no estado de Minas Gerais (MG), no período de 2007 a 2017. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo realizado por meio da análise de informações secundárias disponibilizadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram avaliadas um total de 9.646 casos em que se identificou um acelerado aumento na frequência das notificações, passando de 1,8% em 2007 para 25,3% em 2017. Em relação à variável idade da criança, ocorreram 9.598 (99,5%) dos casos na faixa etária menor de um ano. As características sociodemográficas maternas foram: 6.254 (64,8%) estavam na faixa etária entre 20 a 34 anos, com predominância da raça parda em 4.768 (49,4%) mulheres e para 1.552 (16,0%) a escolaridade era de 5° a 8° série incompleta do ensino fundamental. O pré-natal foi realizado por 85,5% das gestantes, em que 62,7% tiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal e 47,7% realizaram o tratamento inadequado. O esquema terapêutico prescrito para 29,4% (2.843) das crianças foi penicilina G cristalina. As características epidemiológicas dos casos de sífilis congênita são mulheres jovens, pardas, de baixa escolaridade, que realizam pré-natal, entretanto são diagnosticadas com a bactéria durante a gestação e não aderem ao tratamento adequado, transmitindo verticalmente a infecção para o concepto. As crianças diagnosticadas para a sífilis congênita estavam na faixa etária menor de um ano de idade. Medidas efetivas de diagnóstico, de adesão ao tratamento e educação em saúde são imprescindíveis para redução da prevalência alarmante desta Infecção Sexualmente Transmissível.
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