Análise biomorfométrica da ostra-do-mangue cultivada no litoral amazônico
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.107401Palavras-chave:
Mollusca, Bivalvia, Ostreidae, Ostreicultura, IEFResumo
A ostreicultura surge no contexto mundial como uma das alternativas mais viáveis ao declínio da pesca e o fornecimento de recurso alimentício fresco. No Brasil, cultiva-se ostras do gênero Crassostrea e, no estado do Pará, cultiva-se a Crassostrea tulipa, conhecida por ostra-do-mangue. O presente estudo tem como objetivo caracterizar a biomorfometria da concha, estimar o Índice de Estabilização da Forma (IEF) da concha e o rendimento da carne comestível de C. tulipa, a partir de 1.028 ostras coletadas na ostreicultura da Associação de Agricultores, Pecuaristas e Aquicultores (ASAPAQ), situada no rio Urindeua, litoral amazônico, estado do Pará, no mês de abril de 2016. Realizou-se relações biomorfométricas entre a morfometria da concha (comprimento, largura e altura) e a biomassa (total e visceral), estimou-se o rendimento percentual da carne comestível e descreveu-se o IEF através de razões entre a morfometria da concha. Crassostrea tulipa apresenta excelentes relações biomorfométricas, gerando equações que satisfazem estimação de medidas morfométricas. Além disso, apresenta mais de 20% de rendimento da carne. A análise de IEF, indica uma tendência a estabilização da forma da concha ao atingir 60mm. Recomenda-se uma análise de IEF em ostras oriundas de ambientes naturais e sob influência da densidade de ostras e/o tipo de estrutura no qual a ostra está sendo cultivada. Este trabalho possibilita a estimação de carne de ostras comercializadas com base na mensuração da medida da altura da concha (mm) através da equação Bv = -4,29 + 1,94A.
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