(In)acessibilidade arquitetônica e suas implicações para a permanência da pessoa com deficiência visual no ensino superior

Autores

  • José Douglas de Abreu Araújo Universidade Federal da Paraíba
  • Maria Aurinolia Barreto Silva Secretaria Municipal de Educação, Iguatu/CE
  • Wanderson Diogo Andrade da Silva Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0002-9583-0845

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.082702

Palavras-chave:

acessibilidade arquitetônica, deficiência visual, ensino superior

Resumo

O processo de inclusão da pessoa com deficiência nas instituições de ensino tem sido um processo cada vez mais visível na sociedade brasileira, porém, em se tratando do ensino superior, essa realidade ainda pouco percebida quando analisada a partir das categorias acesso e permanência. Em se tratando da pessoa com deficiência visual, por exemplo, a inclusão é ainda mais dificultada em virtude da acessibilidade arquitetônica que, em geral, não existe. Assim, tendo como base o direito da pessoa com deficiência visual à sua livre circulação nos espaços de sociabilidade, este estudo buscou investigar a (in)acessibilidade arquitetônica presente em um campus universitário multi-institucional localizado no município de Iguatu/CE, que possui dois alunos cegos matriculados em um dos seus cursos. Assim, configurando-se como um estudo descritivo, realizou-se uma visitação à referida instituição a fim de verificar aspectos da sua arquitetura que estão ou não em conformidade com a NBR 9050/ABNT que versa sobre a acessibilidade para pessoas com deficiência visual (cegos e baixa visão). A partir de registros fotográficos e de anotações em um diário de campo, verificou-se que, embora a instituição tenha sido inaugurada recentemente, não há nenhuma acessibilidade arquitetônica em seus espaços, revelando sua dissonância com a referida legislação, culminando em um conjunto de barreiras arquitetônicas que dificultam e/ou impedem a permanência e livre circulação de pessoas com deficiência visual em seus espaços.

Biografia do Autor

José Douglas de Abreu Araújo, Universidade Federal da Paraíba

Licenciado e Bacharel em Filosofia (FAFIC). Bacharel em Serviço Social (IFCE). Especialista em Orientação e Mobilidade (IFCE) e em Atendimento Educacional Especializado (UFERSA). Cursa mestrado em Educação na Universidade Federal da Paraíba

Maria Aurinolia Barreto Silva, Secretaria Municipal de Educação, Iguatu/CE

Licenciada em Pedagogia (UVA) e em Letras-Libras (UFPB). É especialista em Orientação e Mobilidade (IFCE). Atua como professora intinerante do Atendimento Educacional Especializado de escolas da rede pública municipal de Iguatu/CE..

Wanderson Diogo Andrade da Silva, Universidade Federal do Ceará

Mestrando em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (PPGE/UFC) com bolsa Funcap, licenciado em Química (IFCE-2015), especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social (UFC-2017) e Orientação e Mobilidade (IFCE-2017). Atuou como professor substituto de Educação Especial da Universidade Estadual do Ceará (UECE/Fecli), é integrante do Grupo de Pesquisa em Educação, Letras e Linguística - GPel (IFCE-Iguatu/CNPq) e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de Ciências (GEPENCI-PPGE/UFC/CNPq). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Educação Química e Diversidade na Escola, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Especial e Inclusiva, deficiência visual, formação de professores/as de Química e de Ciências frente as necessidades educacionais da atualidade. Parecerista ad hoc de revistas científicas.

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Publicado

2019-09-26

Como Citar

de Abreu Araújo, J. D., Barreto Silva, M. A., & Andrade da Silva, W. D. (2019). (In)acessibilidade arquitetônica e suas implicações para a permanência da pessoa com deficiência visual no ensino superior. Scientia Plena, 15(8). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.082702