Transições paradigmáticas no semiárido: avaliação de uma experiência de convivência no vale do Pajeú, Pernambuco

Autores

  • Emilio T. M. Pontes Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

O semiárido brasileiro é, historicamente, marcado pelo discurso do combate à seca, o qual, por séculos, se manteve hegemônico. Nessa região, caracterizada pelas chuvas mal distribuídas e concentradas em poucos meses, as secas periódicas foram apontadas como o principal vetor que impedia o desenvolvimento. Assim, as políticas implementadas não tinham por finalidade a resolução do problema central, queriam ‘acabar com a seca’ para, assim, melhorar a situação de vida de sua população. Porém, nas últimas três décadas, entendeu-se que as secas não representam um entrave, mas que é possível conviver com o semiárido. Neste trabalho, observa-se que esse novo discurso evidencia a viabilidade econômico-social do semiárido, oferecendo material teórico e prático que desenvolva uma vida produtiva eficiente. Para isso, são necessários projetos nascidos dos saberes e práticas locais. Nesse contexto, nasceu o Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC). Com essa perspectiva, fez-se um estudo de caso no município de Afogados da Ingazeira (PE), para compreender essas transições paradigmáticas a partir da atuação de um programa que se propõe a solucionar a questão do acesso descentralizado à água para beber e cozinhar nas famílias rurais do sertão.

Biografia do Autor

Emilio T. M. Pontes, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em Geografia pela UFPE. Atual doutorando em Geografia pela UFPE

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Publicado

2011-05-13

Como Citar

Pontes, E. T. M. (2011). Transições paradigmáticas no semiárido: avaliação de uma experiência de convivência no vale do Pajeú, Pernambuco. Scientia Plena, 7(4). Recuperado de https://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/219

Edição

Seção

Artigos