Macroforaminíferos da plataforma continental de Sergipe, Brasil
Palavras-chave:
influência ambiental, foraminíferos, endossimbiontesResumo
Este estudo teve como objetivo conhecer a distribuição espacial dos macroforaminíferos na plataforma continental de Sergipe e verificar a influência dos fatores ambientais selecionados sobre essa distribuição. A coleta do material foi realizada em junho e dezembro/2002 (inverno e verão, respectivamente), onde foram obtidas 30 amostras de sedimento distribuídas nas isóbatas de 10, 20 e 30 m. A composição e abundância desses organismos foram relacionadas com as seguintes variáveis ambientais: profundidade, transparência, matéria orgânica, carbonato de cálcio e granulometria. Dos 191 táxons de foraminíferos registrados na plataforma continental de Sergipe, nove espécies compõem a fauna de macroforaminíferos da área estudada. As espécies mais abundantes foram Amphistegina gibbosa, A. lessonii e Archaias angulatus. Não houve variação na composição de macroforaminíferos entre os períodos amostrais, no entanto, o período de verão apresentou as menores abundâncias. A distribuição dos macroforaminíferos concentrou-se na porção sul da plataforma, na isóbata de 30 m, onde há uma maior transparência da água, com Archaias angulatus predominando nos sedimentos arenosos mistos e Amphistegina gibbosa e A. lessonii nos sedimentos cascalhosos com alto teor de carbonato de cálcio.Referências
1. Andrade, E J. Distribuição dos foraminíferos recentes na transição carbonato/siliciclastos na região da Praia do Forte, Litoral Norte do Estado da Bahia [Mestrado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia; 1997. 111p.
2. Araújo, T M F. Estudo da microfauna de foraminíferos na superfície e subsuperfície da plataforma e do talude continental do Litoral Norte do Estado da Bahia (Salvador-Barra do Itariri) [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia; 2004. 235p.
3. Brusca, R C; Brusca G J. Invertebrados. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2007. 1098p.
4. Camargo, M G. SYSGRAN: análises e gráficos sedimentológicos. Versão 3.0; 2005.
5. Coutinho, P N. Oceanografia geológica. Programa REVIZEE: Levantamento do estado da arte da pesquisa dos recursos vivos marinhos do Brasil [Internet]; Brasil. 2004 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/sqa/projeto/revizee/capa/menu.html.
6. Ellis, B F; Messina, A R. Catalogue of Foraminifera [Internet]. New York. Micropaleontology Project. 1940 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.micropress.org/e_m.html
7. Guimarães, C R P. Estrutura e dinâmica dos sedimentos superficiais e da fauna bêntica na plataforma continental de Sergipe [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia; 2010. 144p.
8. Hallock, P. Fluctuations in the trophic resource continuum: a factor in global diversity cycles? Paleoceanography. 1987; 2: 457 – 471.
9. Hallock, P. Interoceanic differences in Foraminifera with symbiotic algae: a result of nutrient supplies?. Sixth International Coral Reef Symposium. 1988; 3: 251-255.
10. Hallock, P. Production of carbonate sediments by selected large benthic foraminifera on two Pacific coral reefs. Journal of Sedimentary Petrology. 1981; 51: 467-474.
11. Hallock, P. Why are larger foraminifera large? Paleobiology. 1985; 11(2): 195-208.
12. Hohenegger, J. Distribution of living larger Foraminifera NW of Sesoko-Jima, Okinawa, Japan. P S N I Marine Ecology. 1994; 15: 291 – 334.
13. Hohenegger, J; Yordanova, E; Nakano, Y; Tatzreiter, F. Habitats of larger Foraminifera on the upper reef slope of Sesoko Island, Okinawa, Japan. Marine Micropaleontology. 1999; 36: 109 – 168.
14. Lee, J J. Algal symbiosis in larger foraminífera. Symbiosis. 2006; 42: 63-75.
15. Leipnitz, I I; Leipnitz, B; Rossi, A R. A new propostal on biogeographic division based on foraminifers from the nort and northeastern regions of the Brazilian continental platform. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 1999; 71 (4-II): 923 - 933.
16. Loeblich, A R Jr; Tappan, H. Protista 2. In: Moore, R (ed.). Treatise on Invertebrate Paleontology. Kansas: Geol. Soc. Amer. & Univ. Kansas. 1964. 900p.
17. Machado, A J; Andrade, E J; Araújo, H A B. Fauna de foraminíferos do litoral norte do estado da Bahia. Revista de Geologia. 2006; 19 (2): 147-154.
18. Mcgarigal, K; Cushman, S; Stafford, S. Multivariate Statistics for Wildlife and Ecology Research. Berlin: Spring-Verlag; 2000. 283p.
19. Moraes, S S. Distribuição espacial e tafonomia de foraminíferos na plataforma continental da região norte da Costa do Dendê (Foz do rio Jequiriçá à Ponta dos Castelhanos) – Bahia [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. 2006. 102 p.
20. Moraes, S S; Machado, A J. Avaliação das condições hidrodinâmicas de dois recifes costeiros do litoral norte do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências. 2003; 33(2): 201-210.
21. Murray, J W. Ecology and palaeoecology of benthic foraminifera. New York: Longman Scientific. 1991. 397p.
22. Nascimento, A A. Sedimentação holocênica na plataforma continental de Sergipe, Nordeste do Brasil [Mestrado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. 2011. 92p.
23. Paes, E T; Alcântara, A V; Guimarães, C R P; Araújo, H M P; Alves, J P H. Caracterização ecológica e oceanográfica da Plataforma continental do estado de Sergipe: um ambiente costeiro equatorial sob a influência de águas sub-antárticas [CD-ROM]. Santa Catarina: Anais do XII Congresso Latino Americano de Ciências do Mar; 2007. CD-ROM.
24. Prazeres, M F; Araújo, S L; Seoane, J C S; Barbosa, C F. Qualidade ambiental no sedimento do ecossistema recifal de Abrolhos e Corumbau (BA) com base em foraminíferos [CD-ROM]. Minas Gerais: Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil; 2007. CD-ROM.
25. Renema; W; Hoeksema, B W; van Hinter, J E. Larger benthic foraminifera from South Sulawesi. Zoologische Verhandelingen. 2001; 334:115 – 149.
26. Tinoco, I M. Foraminíferos dos bancos da costa nordestina, Atol das Rocas e Arquipélago de Fernando de Noronha. Trabalhos do Instituto Oceanográfico da Universidade Federal de Pernambuco. 1972; 13: 49-60.
27. Tinoco, I M. Foraminíferos planctônicos dos sedimentos superficiais da margem continental dos estados de Alagoas e Sergipe (Nordeste do Brasil). Anais da Academia Brasileira de Ciências. 1980; 52(3): 539-553.
28. Tinoco, I. M. Introdução ao estudo dos componentes bióticos dos sedimentos marinhos recentes. Recife: Editora Universitária da UFPE. 1989. 219 p.
29. WoRMS Editorial Board. World Register of Marine Species [Internet]. 2014 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.marinespecies.org
2. Araújo, T M F. Estudo da microfauna de foraminíferos na superfície e subsuperfície da plataforma e do talude continental do Litoral Norte do Estado da Bahia (Salvador-Barra do Itariri) [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia; 2004. 235p.
3. Brusca, R C; Brusca G J. Invertebrados. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2007. 1098p.
4. Camargo, M G. SYSGRAN: análises e gráficos sedimentológicos. Versão 3.0; 2005.
5. Coutinho, P N. Oceanografia geológica. Programa REVIZEE: Levantamento do estado da arte da pesquisa dos recursos vivos marinhos do Brasil [Internet]; Brasil. 2004 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/sqa/projeto/revizee/capa/menu.html.
6. Ellis, B F; Messina, A R. Catalogue of Foraminifera [Internet]. New York. Micropaleontology Project. 1940 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.micropress.org/e_m.html
7. Guimarães, C R P. Estrutura e dinâmica dos sedimentos superficiais e da fauna bêntica na plataforma continental de Sergipe [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia; 2010. 144p.
8. Hallock, P. Fluctuations in the trophic resource continuum: a factor in global diversity cycles? Paleoceanography. 1987; 2: 457 – 471.
9. Hallock, P. Interoceanic differences in Foraminifera with symbiotic algae: a result of nutrient supplies?. Sixth International Coral Reef Symposium. 1988; 3: 251-255.
10. Hallock, P. Production of carbonate sediments by selected large benthic foraminifera on two Pacific coral reefs. Journal of Sedimentary Petrology. 1981; 51: 467-474.
11. Hallock, P. Why are larger foraminifera large? Paleobiology. 1985; 11(2): 195-208.
12. Hohenegger, J. Distribution of living larger Foraminifera NW of Sesoko-Jima, Okinawa, Japan. P S N I Marine Ecology. 1994; 15: 291 – 334.
13. Hohenegger, J; Yordanova, E; Nakano, Y; Tatzreiter, F. Habitats of larger Foraminifera on the upper reef slope of Sesoko Island, Okinawa, Japan. Marine Micropaleontology. 1999; 36: 109 – 168.
14. Lee, J J. Algal symbiosis in larger foraminífera. Symbiosis. 2006; 42: 63-75.
15. Leipnitz, I I; Leipnitz, B; Rossi, A R. A new propostal on biogeographic division based on foraminifers from the nort and northeastern regions of the Brazilian continental platform. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 1999; 71 (4-II): 923 - 933.
16. Loeblich, A R Jr; Tappan, H. Protista 2. In: Moore, R (ed.). Treatise on Invertebrate Paleontology. Kansas: Geol. Soc. Amer. & Univ. Kansas. 1964. 900p.
17. Machado, A J; Andrade, E J; Araújo, H A B. Fauna de foraminíferos do litoral norte do estado da Bahia. Revista de Geologia. 2006; 19 (2): 147-154.
18. Mcgarigal, K; Cushman, S; Stafford, S. Multivariate Statistics for Wildlife and Ecology Research. Berlin: Spring-Verlag; 2000. 283p.
19. Moraes, S S. Distribuição espacial e tafonomia de foraminíferos na plataforma continental da região norte da Costa do Dendê (Foz do rio Jequiriçá à Ponta dos Castelhanos) – Bahia [Doutorado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. 2006. 102 p.
20. Moraes, S S; Machado, A J. Avaliação das condições hidrodinâmicas de dois recifes costeiros do litoral norte do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências. 2003; 33(2): 201-210.
21. Murray, J W. Ecology and palaeoecology of benthic foraminifera. New York: Longman Scientific. 1991. 397p.
22. Nascimento, A A. Sedimentação holocênica na plataforma continental de Sergipe, Nordeste do Brasil [Mestrado]. [Bahia]: Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. 2011. 92p.
23. Paes, E T; Alcântara, A V; Guimarães, C R P; Araújo, H M P; Alves, J P H. Caracterização ecológica e oceanográfica da Plataforma continental do estado de Sergipe: um ambiente costeiro equatorial sob a influência de águas sub-antárticas [CD-ROM]. Santa Catarina: Anais do XII Congresso Latino Americano de Ciências do Mar; 2007. CD-ROM.
24. Prazeres, M F; Araújo, S L; Seoane, J C S; Barbosa, C F. Qualidade ambiental no sedimento do ecossistema recifal de Abrolhos e Corumbau (BA) com base em foraminíferos [CD-ROM]. Minas Gerais: Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil; 2007. CD-ROM.
25. Renema; W; Hoeksema, B W; van Hinter, J E. Larger benthic foraminifera from South Sulawesi. Zoologische Verhandelingen. 2001; 334:115 – 149.
26. Tinoco, I M. Foraminíferos dos bancos da costa nordestina, Atol das Rocas e Arquipélago de Fernando de Noronha. Trabalhos do Instituto Oceanográfico da Universidade Federal de Pernambuco. 1972; 13: 49-60.
27. Tinoco, I M. Foraminíferos planctônicos dos sedimentos superficiais da margem continental dos estados de Alagoas e Sergipe (Nordeste do Brasil). Anais da Academia Brasileira de Ciências. 1980; 52(3): 539-553.
28. Tinoco, I. M. Introdução ao estudo dos componentes bióticos dos sedimentos marinhos recentes. Recife: Editora Universitária da UFPE. 1989. 219 p.
29. WoRMS Editorial Board. World Register of Marine Species [Internet]. 2014 – [acesso em 09 abr. 2014; citado 26 mai. 2014]. Disponível em: http://www.marinespecies.org
Downloads
Publicado
2014-10-12
Como Citar
Lemos Junior, I. C., Machado, A. de J., Andrade, E. de J., Vieira, F. S., & Guimarães, C. R. P. (2014). Macroforaminíferos da plataforma continental de Sergipe, Brasil. Scientia Plena, 10(10). Recuperado de https://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/2131
Edição
Seção
Artigos
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a sua publicação, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.