Flutuação temporal de cianotoxinas (Microcistina) no rio Tapajós (Santarém, Amazônia-Brasil)

Autores

  • Sâmea Cibele Freitas da Silva Universidade Federal do Oeste do Pará
  • José Reinaldo Pacheco Peleja Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Sérgio Melo Universidade Federal do oeste do Pará https://orcid.org/0000-0002-9315-7044

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.082402

Palavras-chave:

Cianobacterias, Amazônia, ambiente lótico

Resumo

O relato de produção de microcistinas tem aumentado nas últimas décadas e é um problema preocupante em diversos ambientes aquáticos naturais e antropizados, em especial nos lênticos. Poucos são os relatos de presença de cianotoxinas em ambientes lóticos, entre estes está o registro no rio Tapajós. O presente estudo teve por objetivo analisar a ocorrência de microcistina em amostras de água coletadas em escala quinzenal no rio Tapajós (Santarém, PA, Brasil) em uma região de recreação ao longo de um ciclo anual. A concentração de microcistina foi quantificada pelo método Imunológico-ELISA. Ao longo do estudo foram registradas a ocorrência de 11 táxons de cianobactérias, sendo Microcystis, Dolichospermum e Planktothrix os gêneros que apresentam espécies potencialmente produtoras de cianotoxinas. A presença de microcistina foi constatada em todo o período amostrado e sua concentração máxima esteve associada à presença de espécies do gênero Microcystis sp. Embora os valores constatados sejam inferiores aos considerados como limite para o uso recreativo, a ocorrência de gêneros de cianobactérias, potencialmente produtores de cianotoxinas, e o fato da detecção de microcistina em todo o período de estudo, torna-se importante os estudos sobre este grupo de microrganismos no rio Tapajós. Temporalmente, não foi constatado diferenças significativas dos níveis de microcistina em relação ao regime pluviométrico e ao pulso de inundação.

Biografia do Autor

Sérgio Melo, Universidade Federal do oeste do Pará

Biólogo, mestrado em Botânica-MN-UFRJ e, doutorado em Ecologia-UFRJ com estudos em Ecologia Aquática com ênfase em ecologia e taxonomia de algas. Atualmente prof. Associado da Universidade Federal do oeste do Pará lotado no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas. Coordenador do curso de doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento.

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Publicado

2019-09-26

Como Citar

Silva, S. C. F. da, Peleja, J. R. P., & Melo, S. (2019). Flutuação temporal de cianotoxinas (Microcistina) no rio Tapajós (Santarém, Amazônia-Brasil). Scientia Plena, 15(8). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2019.082402